Como qualquer planta, a canábis tem uma série de pragas e doenças que podem causar danos severos em determinadas condições. Tanto as plantas de canábis cultivadas no interior como no exterior correm o risco de ser atacadas, por isso é necessária uma boa gestão das pragas, para evitar a perda de colheitas.
As plantas cultivadas ao ar livre estão sujeitas a tudo o que os ventos podem trazer, como micróbios nocivos ou insectos migratórios. No entanto, a abundância de luz solar e o próprio vento também podem retardar infestações rápidas e generalizadas. Os ambientes de cultivo interiores e em estufa, com entradas de ar filtradas, podem também evitar a maior parte da contaminação por ameaças transmitidas pelo ar. Contudo, se os patógenos entrarem, eles irão proliferar-se muito rapidamente por todo o espaço fechado.
Métodos naturais e não tóxicos são cruciais para resolver problemas de infestação de pragas, pois o uso de agrotóxicos pode causar devastação no meio ambiente, comprometer a biodiversidade circundante e a saúde humana. Uma série de princípios chamada Gestão Integrada de Pragas, ou IPM (Integrated Pest Management), foi desenvolvida nos últimos anos e adoptada pela União Europeia (UE) e pela Agência Europeia de Protecção de Cultivos, como uma abordagem de redução de danos para minimizar o uso em massa de pesticidas. As principais práticas do IPM são a prevenção e supressão, focando-se no uso de controlos não tóxicos e/ou não químicos, definindo limiares de limites, ao invés de ir para a erradicação completa, usando agentes biológicos, como insectos benéficos e micróbios sempre que possível.
Utilizando os princípios do IPM como um guia para determinar uma combinação apropriada dessas ferramentas, os cultivadores de canábis podem desenvolver programas de controlo de pragas e doenças, ambientalmente saudáveis e altamente eficazes.
Óleos essenciais e outros produtos químicos não tóxicos, insectos e micróbios benéficos, operações de poda, boa qualidade do substrato e um bom projecto de irrigação podem combater efectivamente os patógenos.
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