“Quando comecei eu era o diabo, o traficante de droga que queria deixar toda a gente pedrada e viciada”
O maior coleccionador de sementes de canábis do mundo foi preso tantas vezes que lhe perdeu a conta. Ben Dronkers, 73 anos, nasceu em Roterdão, na Holanda, e construiu o maior banco de sementes de canábis do mundo: a Sensi Seeds. Rebelde desde a infância, Ben começou por fumar canábis e gostou tanto que quis saber como se cultivava. A sua curiosidade e paixão pela planta acabariam por levá-lo a descobrir os benefícios na saúde em culturas ancestrais e a importância de preservar as sementes e as diferentes genéticas.
Em 1963, Ben Dronkers ingressou na marinha mercante, na Holland America Lines, que lhe daria a possibilidade de visitar inúmeros países diferentes, numa altura em que tudo era muito diferente e, principalmente, inacessível. Começou por coleccionar genéticas provenientes da Ásia, Índia e Médio-Oriente, ao mesmo tempo que procurava roupa feita de cânhamo.
Filantropo e fundador do Museu do Cânhamo, Hashish e Marijuana, sem esquecer várias outras empresas ligadas ao cânhamo, como a HempFlax, Ben Dronkers é hoje uma figura incontornável no mundo da canábis. Actualmente vive na Malásia, mas está atento ao cenário da legalização internacional. Sem rodeios, diz que os políticos são “corruptos e burros” e que as políticas na Europa são como “esparguete”.
Encontrámo-lo na ICBC - International Cannabis Business Conference - em Berlim e ficámos a conhecer este génio simples, simpático, nada egocêntrico, altruísta e com um coração do tamanho do império que criou. Ofereceu-nos o livro “Weed of Wonder”, uma bíblia de tesouros e raridades do museu e da história da canábis, e confidenciou-nos que está a pensar passar férias em Portugal, onde “infelizmente” só esteve uma vez.
Entrevista completa na Cannadouro Magazine Nº7, Edição de Outono, agora nas bancas e nos pontos de venda online.