Filipe Cruz, 22 anos, nasceu na Maia e começou a andar de Skate aos 12. O espírito empreendedor leva-o a trabalhar arduamente, não só para concretizar o sonho de ser um skater profissional, mas também para levar ao mundo a sua marca de skate boards, a “Clandestina”. Patrocinado pela OG Labs, a marca de CBD criada por Mike Wise, Filipe encontra no CBD o segredo para o seu bem-estar e para a estabilidade mental e emocional que necessita, além da recuperação física mais rápida, principalmente ao nível das lesões musculares.
Mas não só! Filipe usa canábis regularmente, desde flores a óleos, pomadas e chás, e afirma que o CBD contribui bastante para a sua performance como atleta. Estivemos com Filipe Cruz na Cannadouro e falámos com ele para perceber um pouco melhor a sua relação com esta planta.
Quando é que começaste a andar de skate?
Eu comecei a andar de skate aos 12/13 anos. Na altura, tinha um skate park mesmo em frente à minha casa, a 10 metros. Eu moro na Maia, em frente à minha casa está o Fórum e antes de haver o skate park o pessoal já se encontrava lá para andar de skate. Até o meu irmão mais velho, que andava de skate, encontrava-se lá com o pessoal e então foi meio o meu destino, algo em frente aos meus olhos que pudesse agarrar e gostei bastante.
E em relação à canábis, quando é que foi a tua primeira experiência?
Foi cedo e foi com o componente do THC, para aí aos 14 ou 15 anos. A partir daí sou consumidor de canábis. A vertente do CBD foi de há dois anos para cá, quando comecei a ganhar mais interesse, também devido a querer aprofundar o meu conhecimento acerca daquilo que consumia e das coisas que ingeria.
És um atleta federado?
Sou, pela Federação Portuguesa de Patinagem. Não é que eu goste muito do nome, porque não tem nada a ver com skate, mas sim, sou federado. Sou porque para participar nos campeonatos, para poder entrar no ranking dos Jogos Olímpicos ou até no ranking nacional tenho de estar federado. Não é uma coisa que eu goste muito, porque acaba por tirar a essência do skate, eu acho, mas como é uma coisa que está a aumentar a indústria do skate, então faz bem. Cada vez mais ouvimos falar em skate, cada vez há mais marcas e patrocinadores a acreditar nesta modalidade. Por isso tem pontos positivos e negativos.
E como é em relação à canábis, não és testado quando participas em competições?
Não, não. Por acaso nunca participei em nenhuma competição que tivesse de ser testado. Mas sei que há marcas de CBD que patrocinam certas competições, agora a vertente do THC provavelmente não é permitida.
Como é que vais fazer em relação a isso?
Não sei, vou tentar sempre procurar as melhores soluções. Também é pesquisar um pouco melhor porque às vezes pode não ser aquilo que eu penso. Mas penso que não será assim tão problemático, porque esse tabu já está a ser quebrado, com o consumo da canábis, então acho que não vai ser um grande problema. Aqui em Portugal não há um preconceito tão grande em relação a isso.
É algo comum no mundo do skate haver pessoas que consomem canábis?
Sim, é algo bastante comum, claro. Não são todos, cada um tem a sua maneira de viver o skate. Muitas vezes as pessoas pensam que por andarmos de skate fazemos isto e aquilo, mas não é assim, não foi por andar de skate que comecei a fumar canábis. Simplesmente acho que nós, skaters, temos uma maneira diferente de ver tanto a vida como o mundo à nossa volta e se calhar não somos tão cépticos em relação a muita coisa. Se calhar é por isso que muita gente experimenta, tanto canábis como outras coisas.
Há estudos que dizem que a canábis pode afectar a capacidade de equilíbrio, como é para ti fumar e fazer manobras no skate?
Se fumar muito THC não consigo executar bem as manobras e fico ofegante muito facilmente. Contudo, na vertente do CBD já consigo fazer as coisas mais focado. Mas já o fiz e há pessoas que o fazem, mas eu não gosto muito.
Então se estiveres em competições ou num treino mais intensivo não fumas antes?
Não, ou então fumo muito antes. Se for CBD não tenho problemas, porque não me dá aquela chapa, por assim dizer.
De que maneira é que costumas utilizar tanto o CBD como o THC?
O THC costumo fumar, o CBD além de o fumar, também o ingiro, através dos óleos e também uso pomadas. Eu sou patrocinado pela OG Labs, que é a marca do Mike Wise, e utilizo os produtos deles. Têm cremes para dores, para recuperação, têm óleos para os animais, que ainda não utilizei, mas hei-de utilizar. Uso também o chá e já experimentei o CBG (canabigerol), que é outra componente.
E sentes que te ajuda de que maneira?
Eu tomo CBD não só pela estabilidade mental e emocional que me dá, mas também pela capacidade física e de recuperação. No skate estamos expostos a bastante riscos e lesões, tanto musculares como a nível de ossos e articulações, então cuidar dos músculos acaba por se tornar uma componente chave neste estilo de vida. O CBD tem efeitos analgésicos e anti-inflamatórios que aceleram consideravelmente a recuperação dos treinos, contribuindo para o meu desempenho através da redução de dores e inflamações, protegendo até contra danos gastro-intestinais, fortalecimento dos ossos e como auxiliar no tratamento de fracturas. Já fracturei duas vezes o pé esquerdo e o CBD foi um grande auxílio na recuperação, no controlo da ansiedade e deu-me melhor qualidade de sono. Os cremes ajudam quando me magoo, quando é uma coisa localizada, ponho o creme e não sinto tanta dor. A primeira vez que experimentei fiquei chocado e dei também a colegas meus para experimentarem, que puderam confirmar que é um alívio quase imediato. O skate é um desporto, ou uma modalidade, - eu gosto de dizer que é um estilo de vida – muito agressivo para o corpo, deixa-nos mesmo exaustos. A nível de articulações e ossos, sofremos muito, muitos impactos. O CBD foi essencial para me ajudar a manter os meus músculos restaurados e ter uma recuperação mais rápida. Um dos meus principais objetivos no skate, além de ser profissional, é ter este estilo de vida o máximo de tempo possível e obter alguma coisa dele, então para isso tenho de cuidar de mim.
Que conselhos é que darias aos jovens, tanto em relação ao skate como em relação à canábis?
Eu acho que todas as pessoas devem ter as suas experiências e aconselho a terem consciência daquilo que estão a fazer, informarem-se e, se realmente for uma coisa que faça sentido, aí avançar e usufruir de todos os benefícios da canábis. Acho que é uma coisa boa para os atletas, relativamente à recuperação e à performance, por isso sugiro, primeiro, que se conheçam bem e depois usufruam. Em segundo, que nunca deixem de ser vocês próprios, mesmo que sintam pressão, e que nunca deixem de lutar pelos vossos sonhos. Mesmo que ainda haja pessoas com tabus em relação à canábis, não se deixem afectar! Se virem que isso realmente ajuda, então tem de ser uma força para vocês.
Filipe Cruz, 22 anos, nasceu na Maia e começou a andar de Skate aos 12. O espírito empreendedor leva-o a trabalhar arduamente, não só para concretizar o sonho de ser um skater profissional, mas também para levar ao mundo a sua marca de skate boards, a “Clandestina”. Patrocinado pela OG Labs, a marca de CBD criada por Mike Wise, Filipe encontra no CBD o segredo para o seu bem-estar e para a estabilidade mental e emocional que necessita, além da recuperação física mais rápida, principalmente ao nível das lesões musculares.
Mas não só! Filipe usa canábis regularmente, desde flores a óleos, pomadas e chás, e afirma que o CBD contribui bastante para a sua performance como atleta. Estivemos com Filipe Cruz na Cannadouro e falámos com ele para perceber um pouco melhor a sua relação com esta planta.
Por: Laura Ramos
Fotos: Hugo Cruz, Renato Laínho, Maria Machado e Laura Ramos
Quando é que começaste a andar de skate?
Eu comecei a andar de skate aos 12/13 anos. Na altura, tinha um skate park mesmo em frente à minha casa, a 10 metros. Eu moro na Maia, em frente à minha casa está o Fórum e antes de haver o skate park o pessoal já se encontrava lá para andar de skate. Até o meu irmão mais velho, que andava de skate, encontrava-se lá com o pessoal e então foi meio o meu destino, algo em frente aos meus olhos que pudesse agarrar e gostei bastante.
E em relação à canábis, quando é que foi a tua primeira experiência?
Foi cedo e foi com o componente do THC, para aí aos 14 ou 15 anos. A partir daí sou consumidor de canábis. A vertente do CBD foi de há dois anos para cá, quando comecei a ganhar mais interesse, também devido a querer aprofundar o meu conhecimento acerca daquilo que consumia e das coisas que ingeria.
És um atleta federado?
Sou, pela Federação Portuguesa de Patinagem. Não é que eu goste muito do nome, porque não tem nada a ver com skate, mas sim, sou federado. Sou porque para participar nos campeonatos, para poder entrar no ranking dos Jogos Olímpicos ou até no ranking nacional tenho de estar federado. Não é uma coisa que eu goste muito, porque acaba por tirar a essência do skate, eu acho, mas como é uma coisa que está a aumentar a indústria do skate, então faz bem. Cada vez mais ouvimos falar em skate, cada vez há mais marcas e patrocinadores a acreditar nesta modalidade. Por isso tem pontos positivos e negativos.
E como é em relação à canábis, não és testado quando participas em competições?
Não, não. Por acaso nunca participei em nenhuma competição que tivesse de ser testado. Mas sei que há marcas de CBD que patrocinam certas competições, agora a vertente do THC provavelmente não é permitida.
Como é que vais fazer em relação a isso?
Não sei, vou tentar sempre procurar as melhores soluções. Também é pesquisar um pouco melhor porque às vezes pode não ser aquilo que eu penso. Mas penso que não será assim tão problemático, porque esse tabu já está a ser quebrado, com o consumo da canábis, então acho que não vai ser um grande problema. Aqui em Portugal não há um preconceito tão grande em relação a isso.
É algo comum no mundo do skate haver pessoas que consomem canábis?
Sim, é algo bastante comum, claro. Não são todos, cada um tem a sua maneira de viver o skate. Muitas vezes as pessoas pensam que por andarmos de skate fazemos isto e aquilo, mas não é assim, não foi por andar de skate que comecei a fumar canábis. Simplesmente acho que nós, skaters, temos uma maneira diferente de ver tanto a vida como o mundo à nossa volta e se calhar não somos tão cépticos em relação a muita coisa. Se calhar é por isso que muita gente experimenta, tanto canábis como outras coisas.
Há estudos que dizem que a canábis pode afectar a capacidade de equilíbrio, como é para ti fumar e fazer manobras no skate?
Se fumar muito THC não consigo executar bem as manobras e fico ofegante muito facilmente. Contudo, na vertente do CBD já consigo fazer as coisas mais focado. Mas já o fiz e há pessoas que o fazem, mas eu não gosto muito.
Então se estiveres em competições ou num treino mais intensivo não fumas antes?
Não, ou então fumo muito antes. Se for CBD não tenho problemas, porque não me dá aquela chapa, por assim dizer.
De que maneira é que costumas utilizar tanto o CBD como o THC?
O THC costumo fumar, o CBD além de o fumar, também o ingiro, através dos óleos e também uso pomadas. Eu sou patrocinado pela OG Labs, que é a marca do Mike Wise, e utilizo os produtos deles. Têm cremes para dores, para recuperação, têm óleos para os animais, que ainda não utilizei, mas hei-de utilizar. Uso também o chá e já experimentei o CBG (canabigerol), que é outra componente.
E sentes que te ajuda de que maneira?
Eu tomo CBD não só pela estabilidade mental e emocional que me dá, mas também pela capacidade física e de recuperação. No skate estamos expostos a bastante riscos e lesões, tanto musculares como a nível de ossos e articulações, então cuidar dos músculos acaba por se tornar uma componente chave neste estilo de vida. O CBD tem efeitos analgésicos e anti-inflamatórios que aceleram consideravelmente a recuperação dos treinos, contribuindo para o meu desempenho através da redução de dores e inflamações, protegendo até contra danos gastro-intestinais, fortalecimento dos ossos e como auxiliar no tratamento de fracturas. Já fracturei duas vezes o pé esquerdo e o CBD foi um grande auxílio na recuperação, no controlo da ansiedade e deu-me melhor qualidade de sono. Os cremes ajudam quando me magoo, quando é uma coisa localizada, ponho o creme e não sinto tanta dor. A primeira vez que experimentei fiquei chocado e dei também a colegas meus para experimentarem, que puderam confirmar que é um alívio quase imediato. O skate é um desporto, ou uma modalidade, - eu gosto de dizer que é um estilo de vida – muito agressivo para o corpo, deixa-nos mesmo exaustos. A nível de articulações e ossos, sofremos muito, muitos impactos. O CBD foi essencial para me ajudar a manter os meus músculos restaurados e ter uma recuperação mais rápida. Um dos meus principais objetivos no skate, além de ser profissional, é ter este estilo de vida o máximo de tempo possível e obter alguma coisa dele, então para isso tenho de cuidar de mim.
Que conselhos é que darias aos jovens, tanto em relação ao skate como em relação à canábis?
Eu acho que todas as pessoas devem ter as suas experiências e aconselho a terem consciência daquilo que estão a fazer, informarem-se e, se realmente for uma coisa que faça sentido, aí avançar e usufruir de todos os benefícios da canábis. Acho que é uma coisa boa para os atletas, relativamente à recuperação e à performance, por isso sugiro, primeiro, que se conheçam bem e depois usufruam. Em segundo, que nunca deixem de ser vocês próprios, mesmo que sintam pressão, e que nunca deixem de lutar pelos vossos sonhos. Mesmo que ainda haja pessoas com tabus em relação à canábis, não se deixem afectar! Se virem que isso realmente ajuda, então tem de ser uma força para vocês.